Emissão de carteirinhas de identificação de pessoas autistas tem alta de 43,6% na RMC
As emissões de Carteiras
de Identificação da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) tiveram alta de
43,6% na Região Metropolitana de Campinas (RMC) entre
2023 e 2024, segundo dados da
Secretaria de Estado dos Direitos
da Pessoa com Deficiência.
Desde a criação do documento, houve 8.366 emissões na
região. Desse total, 3.062 foram
emitidas em 2023, 4.400 em
2024 e 904 nos primeiros meses
de 2025. A carteirinha é gratuita e pode ser solicitada de duas
formas:
Pela internet: acessando o
portal Ciptea, onde é necessário
preencher o cadastro, anexar o
relatório médico e uma foto do
rosto.
Presencial: nos postos do
Poupatempo, que contam com
salas sensoriais para atendimento.
“Inclusive, no site, é possível
pedir também o documento de
identificação veicular, que é fornecido pelo Governo do Estado
e faz com que as pessoas que estão em veículos ao lado possam
saber que naquele veículo tem
um autista e, portanto, serem
mais gentis no trânsito”, explica Marcos da Costa, secretário estadual dos Diretos da Pessoa com
Deficiência.
A CIPTEA está prevista na
Lei Federal nº 13.977, de 8 de janeiro de 2020, conhecida como
a Lei Romeo Mion. A versão
paulista do documento começou a ser disponibilizada em
abril de 2023, após decreto do
governador Tarcísio de Freitas. Esse documento oficial que
facilita a identificação da pessoa
com TEA nos serviços públicos
e privados em todo o território paulista. O Dia Mundial de
Conscientização do Autismo foi celebrado na quarta-feira (2).
Alta em atendimentos
Além do aumento nas
emissões de carteirinhas, o Departamento Regional de Saúde
(DRS) 7, que abrange a região
de Campinas, também registrou
alta nos atendimentos ambulatoriais por TEA.
Em janeiro de 2024, foram
2.908 atendimentos realizados,
contra 8.284 no mesmo período
deste ano, configurando uma alta
de 184,8%. Considerando todo
o ano de 2024, foram 104.493
atendimentos.
Vale destacar que as famílias de pessoas com transtornos
do espectro autista têm direito
a uma série de serviços, como orientação jurídica e social, atendimento especializado na saúde
e acompanhamento de especialistas na educação. Fonte: G1
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